Fatos...
Cidade do Salvador, 12 de agosto de 1798. Aquele não seria um dia comum. Logo cedo, seus habitantes ficaram sabendo, por ouvirem dizer ou mesmo por terem constatado, que papéis suspeitos tinham amanhecido afixados em paredes e portas de locais movimentados da cidade. Era um dia de domingo, e a notícia se espalhou entre os que assistiam à missa, iam comprar alimentos ou descansavam à porta das casas. Foram, ao todo, onze papéis, chamados pelas autoridades de “papéis sediciosos”, pois seu conteúdo conclamava o povo da cidade - povo bahiense - à sedição contra Portugal e contra a ordem vigente na Capitania. Estavam afixados em locais de destaque, sendo um deles colado próximo ao palácio do próprio governador, D. Fernando José de Portugal e Castro. Eram manuscritos, tinta comum em papel comum. Foram afixados durante a noite, provavelmente por mais de uma pessoa, dados os locais onde apareceram. É impossível, ainda hoje, como o foi naquele momento, indicar, com precisão, o responsável ou responsáveis por ações tão temerárias: escrever e afixar papéis de conteúdo tão explosivo [...].
Foto retirada do web: http://brasil.indymedia.org/images/2007/08/390506.jpg
Nenhum comentário:
Postar um comentário